"O verdadeiro vilão é o amor: um isótopo instável, passando constantemente por uma desintegração nuclear espontânea". 

Eu sou apaixonada no livro A Hipótese do Amor e quando vi que ia sair outro da mesma autora e com a mesma vibe, precisava ler urgentemente. Então aqui estamos: li A Razão do Amor. 

A premissa é um pouco diferente da Hipótese. Quando no primeiro livro temos um romance de mentirinha e depois degringola a se apaixonarem, aqui em A Razão do Amor temos 2 pessoas que aparentemente se odeiam até tornar tudo um romance. 

"As emoções são transitórias por natureza. São estados temporários provocados por mudanças neurofisiológicas que não são feitas para durar muito." 

O livro conta a história de Bee, que muito frustrada com o amor, resolve fechar sua vida para tal sentimento e dedicar todas suas forças apenas ao seu trabalho acadêmico, como neurocientista. Também temos Levi, que é um louco apaixonado por Bee deste do doutorado, mas tem problemas de interação social e foi totalmente interpretado de forma errônea. Bee achava que ele a odiava e começou a odiá-lo de volta. 

Então, certo dia, eles vão ter que trabalhar juntos num projeto do laboratório da NASA e com isso, terem que conviver pacificamente. E bem, as coisas começam a ter outro rumo. 

Percebem que são totalmente compatíveis, em gostos, preferências alimentares e também na cama (risos). O romance deles cresce a medida que convivem e Bee, quando percebe, já se encontra apaixonada e morrendo de medo de se entregar a esse sentimento. 

O livro tem uma leitura fluída, e apesar de viver no meio acadêmico, não há termos da área que complicam a leitura, pelo contrario, quando se usam é bem explicadinho. O romance nasce gradativamente, mas quando começam a se envolver, Bee e Levi parecem dois coelhinhos que não conseguem se largar. 

Gostei novamente da parte das lutas pelas Mulheres na aérea acadêmica, principalmente nas de engenharia, pois há muito preconceito e machismo. E mesmo que não temos uma luta tão expressiva nesse livro como temos em Hipótese, ainda temos a menção disso em varias partes do livro. A crítica aqui é mais sobre as avaliações e aprovações em doutorados pelas faculdades norte americanas, que usa um método excludente de minorias e ultrapassado. 

O livro é gostoso de se ler, eu amei de verdade e já quero mais um da autora. Ela vai se tornar uma das minhas favoritas, com certeza.