Lembro que logo que a Editora Valentina surgiu, esse livro estava na minha lista de desejos. Mas eu achava os livros da editora muito caros para meu bolso, então acabei adiando e adiando até esquecer desse livro por muito tempo. Até que visitei aquelas banquinhas de livro por 10 ou 15 reais, que está cada vez mais comum na minha cidade, e acabei encontrando o filho único lá. E simplesmente pulei de alegria ao vê-lo e me recordei muito da minha adolescência de leitora que eu tive. Não pensei duas vezes, comprei e logo comecei a ler (deixando as metas literárias de lado, afinal, temos que utilizar a vontade nostálgica ao nosso favor). 

Ele tem uma narrativa rápida de ler, e te prende. Eu terminei o livro muito rápido e fiquei louca para continuar a história. Ele mistura muita coisa de fantasia que eu adoro, além da aventura e ação que faz tempo que eu não achava pra ler. É uma história leve e divertida - o que me distraiu de muita coisa que estava pesada recentemente. É tão bom ler um livro puro entretenimento, sem que ele aborde de grandes assuntos, entre em debates sobre algo polemico ou necessário, as vezes só precisamos de uma obra que nos transporte a um mundo fantástico para se distrair dos problemas. E esse fez isso comigo. 

Claro que eu podia espremer esse livro e falar de muitas coisas que posso fazer analogias na narrativa desse livro, inclusive falar um pouco de preconceito. Mas, de certo, não estou querendo que o ponto desse livro seja algo assim. Claro que vemos o racismo na mãe da protagonista, e também o preconceito de outras criaturas para o que ela é, uma "sem alma", uma preternatural. O quanto de pré-conceitos são abordados no livro sobre as outras raças de sobrenatural e o que eles pensam dos outros. Mas hoje eu realmente não quero focar em mais um texto lendo as entrelinhas de uma história que é, acima de tudo, divertido. 

Vou continuar a leitura, com certeza. E eu quero demais ver mais progressos desse casal. O final simplesmente me ganhou de tanta vergonha e diversão que me proporcionou.