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Resenha em vídeo || CEO Dinossauro

Aqui estou tentando normalizar minha leitura e também as postagens nas redes sociais - em breve tudo voltará a normalidade de postagens e de arrumação na minha vida (risos). Enquanto esse dia ainda não chega 100%, eu vou tentando compartilhar como consigo as leituras e tudo mais dos blogs. Dessa vez eu venho trazer a resenha em vídeo do livro CEO Dinossauro, uma obra prima de monster romance para quem adora ler coisas absurdas mas bem escritas - como eu.   Se gostaram, se inscreva no meu canal secundário, o Diário de uma Fujoshi , todas as resenhas em vídeo serão feitas por lá a partir de agora. Seja quadrinho ou livro, focando em leituras. E é isso. Espero que tenham gostado e deixa nos comentários aqui ou no blog, qual próximo livro para ler desse gênero ou outro mais inusitado que você já se deparou. 

[Resenha] The Ring



Qual é a essência do terror japonês (J-Terror)?
  
Já faz algum tempo (deste da feira do livro que teve aqui em São Luis, em novembro) que comprei e li The Ring, o mangá de “O chamado”. Sim, aquele filme japonês da garotinha que caiu no poço.

Vou confessar, eu estava mesmo adiando a cada dia em escrever sobre o mangá. Até porque eu não gosto muito de filmes de terror, mas como acho que ler não impressionaria muito (e eu estava enganada), eu comprei o mangá. Sempre arrumei namorados e/ou amigos que adoram esse gênero e eu nunca posso acompanhar (já que a noite não durmo, caso assista algum filme do gênero), mas para fazer companhia, estou tentando aprender a ver. Afinal, é tudo ilusão, Nada é real, certo?

Não foi o caso de Ring. Não vi o filme (e não estou nem um pouco a vontade de assisti-lo depois da experiência com o mangá). Para quem não sabia, o mangá The Ring fora o que originou o filme O chamado que todos adoram e comentam até hoje. Diferente do terror americano que se afirma em alienígenas e um grupo de amigos que viajam e são mortos por serial killers, ou as raras vezes de possessões demoníacas, o J-Terror buscam inspiração em seu riquíssimo folclore com fantasmas e maldições, que já fazem parte da tradição popular.

Como observamos, o terror japonês é único, com um aspecto bizarro bastante característico oriental, e em suas obras literárias não pode ser diferente.  Ring impressiona em casa traço de seus personagens (e chego a realmente acreditar que estou vendo fantasmas aqui realmente comigo). Podem perceber que fiquei bastante aterrorizada, talvez seja o fato que não estou acostumada com obras de horror, mas também deva-se o fato que o desenhista de Ring realmente tem talento para causar uma boa impressão em seus leitores.

Não vemos a pressa em contar a história que ambienta Ring, não vemos algo verdadeiramente chocante como sangue e serial killers, porem vemos muita base folclórica do Japão e o suspense que cresce gradativamente. Como no terror americano, os personagens são jovens e próximos do publico que se quer atingir (um professor, uma jornalista mãe de um filho pequeno, um grupo de estudantes) e isso também é importante para causar impressão, afinal , a obra quer mostrar que uma coisa assim pode acontecer com qualquer um, em qualquer lugar, que estava apenas vivendo sua vida tranquilamente sem se preocupar se existe ou não outro mundo paralelo ou do gênero.

Sadako é a personagem que no filme americano tem o nome de Samara. Ela é um Yurei (nome dado a fantasmas do folclore japonês onde ficam presos a terra por assuntos inacabados, escravos de seus próprios sentimentos). Realmente a caça a respostas da fita que mata alguns estudantes leva a essa garota que foi morta. Vi o quanto o povo japonês ainda é preso ao mundo místico tão comum nos animes, mangás e filmes de seu coditiano.

A frustração maior de Ring é que não se tem uma resposta exata de como acabar com a maldição da yurei Sadako, apesar de uma “vitima” ser salva. Muito pelo contrario, o mangá mostra que a historia é apenas um circulo vicioso que talvez nunca terá um fim.

Sei que não tenho muitas palavras para descrever o que a leitura de Ring me proporcionou, já que, ao final da leitura, fiquei com a impressão de que tinha fantasmas em minha espreita esperando eu baixar a guarda e me matarem. Passei dias sem dormir direito e agora que lembrei para escrever para vocês, estou novamente com medo de apagar as luzes (risos).

Enfim, um mangá tão bom como esse deve ser lido (mas apenas se gostarem do tema ali proposto, se for uma medrosa como eu, passe bem longe da capa).




The Ring foi uma publicação da Conrad, em dois volumes.

Comentários

  1. "A frustração maior de Ring é que não se tem uma resposta exata de como acabar com a maldição da yurei Sadako, apesar de uma “vitima” ser salva. Muito pelo contrario, o mangá mostra que a historia é apenas um circulo vicioso que talvez nunca terá um fim."

    "Resposta" e "final feliz" (ou TER algum final), não são características tão valorizadas no japão a séculos. Se você se frustrou é por causa do costume das histórias que conheceu em toda sua vida, numa cultura ocidental acostumada com alguns costumes como finais felizes, dicotomia entre bem e mal etc.

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