Esse livro foi mais um romance que eu devorei em um dia - praticamente numa manhã. Eu não conseguia parar de ler, de tão fluída e curiosa estava a narrativa. Ela fala sobre uma cigana "rebelde", que apesar de gostar e respeitar sua cultura, já não concorda com muitas coisas nela imposta. Essa é a história de Jasmim, que tudo que pensa é em estudar e ajudar seu pai na empresa da família. 

O outro lado da história temos o Aaron, filho do Jamil, que tem uma empresa rival ao do pai da Jasmim, e também tem origem cigana. Ele então propõe que a briga das famílias rivais acabem com um casamento entre ele e Jasmim  - algo, claro, que Jasmim nega deste do início. Mas acaba acontecendo depois de um acordo de ambos. Um contrato e um casamento de farsas. 

Eu adoro obras que trazem algo de ciganos. Pode parecer besta, mas tive um avó apelidado de cigano e cresci "fantasiando" como seria ser de família cigana mesmo, nome cigano, as tradições, as danças etc. Talvez, eu fosse igual a cigana rebelde? Talvez, pois com a mentalidade que eu tenho hoje em dia, sei que muita coisa eu não aceitaria, mas ainda tenho uma forte admiração sobre o assunto e adoro ver isso retratado de alguma maneira em obras que eu goste de ler, como nesse romance. 

O livro tem uma leitura rápida e dá para ler em um dia (apenas 198 páginas - mas podia ser bem mais, afinal, eu fiquei realmente saudosa depois que terminei. Queria muito mais de Aaron e Jasmim). Você acaba se envolvendo aos encantos dos olhos de jabuticaba da Jasmim, do orgulho de ambos e da falta de aptidão e tato para sacarem que estão apaixonados 1 pelo outro. 

Quando terminei de ler, eu realmente passei o resto do dia sentindo falta de algo. A conexão com o livro foi muito rápido. Me prendeu fortemente e ao terminar, parece que deixei algo meu para trás daquelas páginas... Sinto fortemente, que vai me dá uma pequena ressaca literária, pois vou querer um outro romance que me prenda tão fortemente e me transporte para a leitura como Desejo Zíngaro fez.