A Ultima Princesa || Resenha

Escrito por Miaka Freitas - terça-feira, novembro 10, 2015

Primeiro livro que li da editora ID. Sempre tive curiosidade com os livros dessa editora, infelizmente, não conseguia um titulo deles. Esse foi o primeiro e foi por troca com a Mary, do Primeiras Impressões.

O que falar desse livro? Gostei muito da história. Infelizmente ele é uma trilogia, pelo que parece e não tem nem sinal da continuação. E como a editora encerrou as atividades também é bem capaz de não ter mais como a obra ser licenciada no Brasil, pois até agora não vi muita procura por ele e nenhum interesse em outras editoras. É torcer.

O  nome da autora me chamou muita atenção: Galaxy Craze. Quando vi a capa, achei que era o nome da série ou outra coisa, mas na verdade  é o nome da autora. Que louco!

Enfim, o que eu adorei nesse livro é que é uma distopia. Não sou de ler muitas distopias (para falar a verdade se não fosse pelo Clube de Livro nem descobriria a existência desse gênero. Talvez já tenha lido algo desse gênero, mas não conhecia o nome e sempre ele se encaixava em fantasia, suspense etc). Aqui a história se passa em um mundo pós-apocalíptico, onde após um acontecimento no qual não é muito detalhado, o mundo sofreu muitas baixas, a humanidade quase foi extinta. Plantas e animais foram praticamente extintos e tudo como conhecemos mudou. Tudo pode está contaminado, grandes civilizações pereceram e se perdeu várias coisas.

Mesmo no meio do caos, a Inglaterra ainda tenta se manter com seus antigos costumes, até para tentarem amenizar todas as perdas durante os 17 dias, porém a realeza sofre mais um ataque impiedoso. O rei é assassinado por um ditador cruel que quer instalar um "novo mundo" e não atura mais o que tem acontecido. Sobra para Elisa tentar vingar seus entes queridos e resgatar seus irmãos prisioneiros.

Quando você pega esse enredo prever que o livro será de tirar  o fôlego e promete muito, certo? Enfim, a narrativa é simples e ágil, conseguiria ler ele em apenas um dia (o que eu faria o mesmo com A Rainha Vermelha, lembram desse?). Infelizmente não foi bem assim e arrastei a leitura, um pouco por algumas partes serem um tanto chatas e arrastadas quanto por querer render o livro. Meio contraditório, não?

O livro tem uma ambientação formidável e foi um dos poucos livros que eu me senti mesmo no ambiente, no mesmo mundo acabado. Os personagens são bem trabalhados também, tem uma estruturação excelente... Mas na narrativa, ah, essa deixa um pouco a desejar. Seja a parte de ação, seja a maturidade dos planos de Elisa (esses que não tem nenhum pouquinho), seja pelo quase-romance no livro...

Até que fim um romance. Não sei o que tenho ultimamente. Se fosse em outra época, acharia esse clima de romance no meio da trama da protagonista querendo vingança um grande clichê fraco e que diminuía o valor da narrativa. Não me julguem mal, eu ainda sei que é um clichê (e dos grandes!), mas nem sempre será um recurso negativo quando usado. Se há algo que aprendi nesses 14 anos de leitora voraz que sou, é que se o recurso do clichê for bem aplicado, a narrativa ganha outros ares.

Então, foi isso que eu pensei quando chegou a parte. Tomara que tudo não seja um grande clichê. Mas infelizmente nesse aspecto a autora também não soube trabalhar. Não sei dizer o que me aconteceu, mas fui de encontro a uma parede com esse livro. Ele deveria ter sido um pouco mais elaborado. Parece que a autora não soube pensar direito em o que fazer com a história. É como se ela tivesse o cenário perfeito mas não sabia que tipo de história poderia contar naquele lugar.


Enfim, para quem se lembra da minha frustração imensa com Rainha Vermelha, esse livro está a partilha da mesma frustração. Talvez eu tenha que parar com a péssima mania de criar expectativas para tudo! 

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