Há tempo que eu queria falar de animes aqui no Um Sofá, mas
nunca achei o tempo necessário (e
também a coragem e inspiração para ficar escrevendo sobre inúmeros animes que
já assisti, mas separei uns bem legais para ir resenhando aqui, então fiquem de
olho).
Mas, conforme o crescimento do Um Sofá faz necessário ter
mais matérias e assuntos diversificados. Vamos ter maiores informações aqui no
blog, então nem se preocupe, só que terei mais prioridade agora para as
resenhas e os vídeos. Então se preparem.
O primeiro anime que quero falar é Chobits. Faz um bom tempo
que assisti esse shoujo. Sim, você leu bem é um shoujo. (tipo, se colocares na
Wikipédia, vão caracterizá-lo como seinen, mas eu não o considero seinen.
Simplesmente por achar que se encaixe melhor como shoujo, mas antes de tomar
minha opinião como absoluta, saiba que eu sou leiga no assunto).
Retirado do Google |
Conta a história da persocon Chi, que diferente dos outros
persocons, ela havia algo em especial. Ela podia aprender, não era simplesmente
colocar informações em seu HD. E ela podia sentir. Ela não era apenas
configurada para servir ao seu dono. Ela era um ser especial e não apenas uma
maquina que pode simular características dos seres humanos.
Detalhando mais essa história, Chi, que é um persocon
(persocons é uma tecnologia avançada, significa Personal Computer, que nada
mais é que robôs que auxiliam as pessoas em variadas tarefas. Realmente é algo
muito útil e versátil, podem ter uma versão humanoide de vários tamanhos).
Outro protagonista-chave desse anime é o Hideki, que se muda para Tóquio com a
finalidade de entrar na Universidade (o clichê para a maioria dos animes que
vemos por ai). Vale frisar que Persocons são caros, então nosso protagonista
não teria, em hipótese alguma, dinheiro para comprar um para si. Acontece que
ele encontra a Chi jogada no lixo. E desse encontro surge o enredo de todo o
anime.
Persocon Chi Retirado do Google |
Chi é uma persocon que, quando foi ligada por Hideki, só
sabia falar “Chiii”, por isso seu nome. Ela também não sabia fazer nada e todo
seu passado era uma incógnita, já que ela
não tinha “lembranças” (é mais correto falar que ela não tinha “dados” em seu
HD”). O anime continua seguindo com o Hideki, que além de ver que a Chi
consegue aprender as coisas (o que leva a crer que ela tem um software de
aprendizado), tenta encontrar mais informações sobre o passado da persocon.
Como eu disse anteriormente, a Chi não sabe de nada e é uma
persocon especial. No anime há uma lenda de uma série de persocons que podem
desenvolver personalidades e sentimentos reais, o que equipara a seres humanos.
Por Chi ser ingênua, também tem muitas cenas inusitadas, engraçadas e
situações embaraçosas e confusas em que ela se mete. Perdi a conta de quantas
gargalhadas dei com esse anime. Mas nem tudo são flores e como dizia Wall
Disney, para todo riso tem que ter uma lagrima, a história de Chi não é um
conto de fadas em que tudo é perfeito, belo e feliz.
Além de poder deslumbrar um romance, é um anime que provoca,
não apenas emoções fortes por parte dos protagonistas, mas também uma reflexão
sobre o homem, sobre nossa sociedade, os costumes enraizados na nossa cultura e
convivência. De como podemos ser egoístas e querer tudo para si, de se
aproveitar da ingenuidade dos outros, em usar o outro como melhor pode
aproveitar.
Coleção Brasileira lançada pela JBC Retirado do Google |
O anime tem apenas 24 episódios e mais dois OVAS e dois
especiais. O mangá foi lançado no Brasil, pela editora JBC (em 2003), com 16
volumes ao todo (a edição japonesa tem apenas 8 edições). Por enquanto a
editora não tem intenções de relançar o titulo (mas com a onda de relançamento
da JBC ultimamente, que relançou Sakura e Guerreiras Mágicas de Rayearth, pode
ser que eles tenham planos de lançar Chobits. Afinal, os dois títulos citados -
Sakura e Rayearth – são da CLAMP, mesmo estúdio que fez Chobits, mas tudo são
esperanças.), então o titulo fica como uma espécie de “raridade” do mercado
nacional, o que me deixa infeliz, já que tenho vontade imensa de ter essa
coleção para chamar de minha.
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Coelho que compõe a ilustração do livro da Chi Retirado do Google |
PS: A um livro que o Hideki dá de presente para a Chi, em que os personagens são dois coelhinhos. Gente, a história de cada coelhinho e tudo que se passa entre ela e a outra Chi (uma Chi que é do passado dela, em que ela encontra nos sonhos e conversam entre si). Tudo é bem emocionante. Não quero entrar em detalhes para que ninguém venha dizer que eu estraguei uma belíssima experiencia em assistir essa obra. Não falo apenas dos traços dos personagens (que, para quem conhece a CLAMP sabe a extravagancia que é cada traço dos mangás deles) mas porque a história é linda e muito reflexiva.
Teve vários momentos do anime que eu me senti como o coelhinho da história. Acho que posso até arriscar em falar que foi o anime certo mas num momento errado que assisti. Mas para quem chora com certa facilidade, é fácil você ficar melancólico em alguns momentos. E eu vou tirar um tempo entre meus afazeres para voltar a assistir esse anime, porque com toda certeza, ele vale a pena ser visto de novo. (e não sei por qual motivo - na verdade eu até sei - que ele me lembra a obra O Pequeno Príncipe. é porque, pelo menos na minha opinião, sinto que esse anime merece ser visto em várias fases da vida, assim como a obra O Pequeno Príncipe).
Assisti a esse anime. Ri, senti melancolia, achei chato em alguns momento... Bom, um turbilhão de coisas, mas nos últimos capítulos eu estava bem "fissurada". Ri muito com o Hideki naquela cena que ele teria que comprar a calcinha para ela, o cara suava de nervoso e ainda foi confundido com tarado. O botão de "liga e desliga" dela está em um local tão inapropriado, gente rsrsrs. Valeu por ter me passado o anime... Beijos e até mais.
ResponderExcluir~1 Karina!
ResponderExcluirEU sinto que o final ficou um pouco sem explicação, mas dizem que o mangá supera o anime. Ainda espero poder ler um dia (espero que a Editora JBC relance a coleção). Na verdade todos os mangás da CLAMP são sensacionais, mas esse em especial me conquistou. Eu também fiquei muito melancólica com a Chi, principalmente naquelas confusões com a Chi interior que sabia muito mais do passado dela mas nada revelava.
Acho que o botão de liga/desliga naquele lugar foi bem proposital, afinal, aquilo nunca foi para qualquer um tocar, não é verdade? é só para o escolhido (risos). Hideki com seu jeito atrapalhado faz muitas cenas cômicas por todo o anime.
Escrevendo a resenha, deu vontade de rever o anime de novo.
Que bom que gostou desse anime, e lembro que passei muito mais pra você, você assitiu todos?!
Volte sempre ~7
Beijinhos =*
Miaka Freitas