Crítica || A Pior das Bruxas

Escrito por Miaka Freitas - quinta-feira, janeiro 18, 2018

A Netflix me sugeriu a série infantil A Pior das Bruxas. É só falar bruxa que eu acabo me interessando em ver o que se trata (sim, eu tenho um fraco por obras que contenham magia e bruxaria - podem sugerir mais coisas no tema aí nos comentários).


Uma fanfic de Harry Potter? Provavelmente

Mesmo assim, a história é legal. Trás situações bem genéricas de qualquer escola mágica, como um vilão que quer dominar a escola, um aluno que até então não conhecia a magia, um pequeno antagonista e 2 amigas que sempre ajudam a protagonista a entender esse novo mundo. 

mesmo com clichês e cenas que parecem que se espelharam em Harry Potter, a série é divertida  par as crianças e ensina valores como a amizade, a lealdade e trabalho em equipe. 

A série é inspirada em livros do Jill Murphy, com o primeiro livro publicado em 1974, há 43 anos (Harry Potter só começou a ser escrito em 1981 e publicado em 1997). A série foi adaptada para TV pela CBBC,  um canal infantil da BBC (mas eu não sei porque cargas d'água a Netflix colocou a marca). 


Infelizmente esses livros não fizeram parte da minha infância e não sei até que ponto há similaridades da série com o livro, porem os elementos genéricos de bruxas estão lá, alem de coisas que já nasceram da mitologia dessa criatura (A bruxa), como feitiços cantados, código de ética da magia e bruxaria, a magia vim de tradição e família. E quebrar regras é sempre visto como uma afronta, um insulto. E o legal dessa série é mostrar a quebra de um conservadorismo. Faz um paralelo realmente importante para o mundo real, pois mostra que nem sempre a tradição é algo bom, nem sempre é uma solução manter certas coisas só porque há 10, 50, 100 anos atrás era assim que funcionava. Ficar estagnado na mesma coisa não é evolução. E esses são ensinamentos sutis no dia-a-dia das bruxinhas protagonistas. 

Além disso eu vejo um incentivo grande a resolver os problemas com a criatividade e imaginação, o que incentiva o telespectador a pensar sempre em outras perspectivas na situação, nem sempre fazer a mesma coisa é a melhor saída para um problema. As vezes, mesmo não tendo o conhecimento (a experiência da convivência - que é um paralelo para a tradição das famílias bruxas), é a unica solução visível. Mesmo que você não tenha a experiência, você consegue criar algo brilhante para resolver o que precisa. Nossa protagonista não vem de uma família bruxa, não foi criada deste de pequena com a ideia de que magia existia e ela não consegue se adequar em muitas situações na escola, por se sentir diferente e inferior as colegas de classe, mas por ela vim com uma outra visão, ela acaba conseguindo fazer coisas impensáveis para a maioria. A verdadeira demonstração de pensar fora da caixa

Adoro esse incentivo maior de ser imaginativo e pensar fora da caixa que a série transmite para quem assiste, pois para mim, a magia é exatamente isso. É criar fora da caixa, é fugir do padrão, é fazer algo diferente. 

Estou querendo muito a continuação da série. E também quero achar os livros para leitura, deve valer muito a pena. 

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