Crítica || Chappie

Escrito por Miaka Freitas - sexta-feira, abril 24, 2015

Será que é necessidade humana criar um ser tão parecido conosco? Algo que pode nos substituir?

Complexo de deus? Tal qual esse ser supremo nos criou em imagem e semelhança, o humano que fazer outra criação? E se em seus intimo, ele quiser algo que o substitua e o supere? Ai sim nasce o Chappie.

Não sei a coincidência, mas em tudo que li e assisti nesses últimos dias dá um sinal claro de semelhança.

Eterno Barnes está para Transcedence, assim como este está para Chappie.

Como lembrei de Sheldon (vide postagem sobre The Big Bang Theory), que queria viver até poder transferir sua mente para uma máquina. Aqui sim é possível.

O filme não mostra distinção em quem é o vilão ou o mocinho. Mostra apenas o que todo ser é: mostra que somos ambiciosos sem escrúpulos, nos perdemos no meio dos desejos. Mostra se somos afetados pelo ambiente que nos cerca.

E que nem tudo é simplesmente programação. Mostra o quanto podemos influenciar uma criança quando essa está em desenvolvimento, a importância em dar limites, definições e ensinar o que é certo e errado. A não depender de outras coisas, outras pessoas e não deixar isso te influenciar. E por fim, fazer o que quer e acha certo.

E tudo pode ser analisado na personificação de Chappie que não tem simplesmente uma programação base em seu chip, que passa de um simples robô programado para tal função e passa a ser um ser pensante, uma máquina com capacidades infinitas.

Chappie lembrou as primeiras máquinas da obra de Asimov, chamada Cérebro. Cérebro tinha a consciência, personalidade de uma criança de 5 anos, mas seu cérebro positrônico poderia simplesmente resolver qualquer problema apresentado.

Como  em Transcedence, ele pode ter seu cérebro expandido além dos limites humanos conhecidos. Com todo o conhecimento humano descoberto até o momento. E poderia mudar o mundo.

MÁQUINAS VERSUS ROBÔS
Dá para fazer um paralelo, afinal o livro há uma evolução do robô para a máquina, que é um ser não necessariamente um robô, é uma consciência mais expandida que começa a ajudar a humanidade e até a substituir. E Chappie faz esse retrato da loucura do Asimov.


CHAPPIE E O ETERNO BARNES: ESTAMOS PERTO DA IMORTALIDADE?
Já disse que essas obras conversam entre si e não podiam falar de transformar a consciência para dados se não falasse desse livro.

Em Chappie a consciência é energia. Várias outras obras (como no mangá Ga-Rei) trata a alma, a nossa essência como energia. Se lembra do ciclo da água e da cadeia alimentar das aulas de biologia? Pois o raciocínio é o mesmo. Sabemos que energia não se cria e não se perde, ela se transforma. Tanto que por esse raciocínio se transforma energia de calor, nas termoelétricas, em energia elétrica para acender uma luz. Porque não ver que a terra é sempre um único sistema sem perdas?

Sem a interferência humana, não há perdas na natureza, tudo é um ciclo de transformação com zero perdas, só lembrar da cadeia alimentar, por exemplo.

Quero dizer que nosso corpo é apenas uma concentração densa de células, formadas por átomos, esses formado por elétrons, que são formados por quartiz e por ai vai. Nada mais é que estado de energia que por movimentação dessas partículas, podemos ver um  corpo solido. Tudo é formado por isso, basicamente na química. O que muda é o arranjo desses átomos numa substancia.

E isso tudo forma uma célula. Agora falando biologicamente, o que as células neurais fazem para transmitir um pensamento pelo cérebro? Sinapses. As sinapses nada mais são que reações químicas ou elétricas.

Nada mais simples pensar que podemos transformar essa energia química e elétrica em dados em uma rede de comunicação de dados, em códigos binários para serem lidos e reconhecidos em qualquer computador. E assim pode ser transferido do mesmo jeito que se transfere um .JPEG do notbook para um pendrive.

E só fica a pergunta: É possível?

Todas as obras seguem esse linear de raciocínio, então pode ser um caminho certo. Mas ainda falta a tecnologia avançar para tal ponto, porque apesar da imaginação humana ser sem limites, mas nosso conhecimento tecnológico sim.

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